sábado, 30 de maio de 2009

Macchi C.202 Folgore


Um dos melhores caças da Itália, o Macchi C.202 Folgore (Raio) foi desenvolvido a partir do C.200 mas utilizava um motor Daimler-Benz DB 601 produzido sob licensa como Alfa Romeo R A 1000 RC 411. A produção do motor era muito lenta e atrasou a entrada no Folgore em serviço. O C.202 voou pela primeira vez em 10 de Agosto de 1940. A primeira série de C.202 entrou em serviço junto do 1º Stormo no verão de 1941. O Folgore era um avião monoplano de asa baixa com trem de pouso retrátil. O Folgore passou por poucas mudanças durante sua existência.


Muitos serviram com a Squadriglia 52 no norte da África, Itália e Rússia. A produção chegou a 1.500 unidades. Em combate o Folgore batia de frente com o Spitfire MK V em performance, mas era mal armado apesar de superior a caças americanos como o Bell P-39 Airacobra. O último desenvolvimento sofrido pelo Folgore foi a utilização de um motor Daimler-Benz. Os aviões que utilizavam este motor chamavam-se C.205V Veltro, eram páreos para qualquer caça aliado, mas no fim da guerra para a Itália, apenas 66 haviam sido produzidos.


Especificações do Macchi C.202 Folgore

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor de cilindros em V invertidos Alfa Romeo RA 1000 RC 411 desenvolvendo 1.075hp
Performance: velocidade máxima: 600km/h a 5.600m de altura; sobe até 5.000m em 4,6 minutos; teto de serviço: 11.500m; alcance: 610km
Dimensões: envergadura: 10,58m; comprimento: 8,85m; altura: 3,50m; área da asa: 16,80m²
Armamento: duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm localizadas no nariz mais provisão para duas armas de 7,7mm nas asas

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Macchi C.200 Saetta


Prejudicado pela falta de fortes motores, o Fiat C.200 projetado por Mario Castoldi era pouco potente e tão mal armado que assim que entrou em serviço em 1939 não era páreo nem para o Hawker Hurricane que encontravasse em serviço a dois anos. O C.200 Saetta (Relâmpago) voou pela primeira vez no dia 24 de Dezembro de 1937. Cerca de 1.200 aviões deste modelo foram produzidos pela Macchi, Breda e SAI Ambrosini.


Quando a Itália entrou na guerra em 1940, os primeiros esquadrões localizados na Itália e equipados com o C.200 viram combate na ilha de Malta, mas as baixas italianas foram grandes neste período. Foram tantas baixas, que a Luftwaffe teve de enviar o X Fliegerkorps ao Meditarrâneo para ajudar a Regia Aeronautica. O C.200 foi muito utilizado no norte da África mas sua ineficáfia contra os Hawkers Hurricanes e os constantes ataques da RAF aos campos de pouso reduziram muito o seu número.


Cerca de 51 C.200 serviram na zona de Odessa, no front oriental, e saíram-se bem contra os antigos caças soviéticos nos primeiros estágios da campanha. Em Setembro de 1943, data do armistício Italiano, havia apenas 33 C.200 em funcionamento na Regia Aeronautica.

Especificações do Macchi C.200 Saetta

Tipo: caça-bombardeiro de assento único
Motor: um motor radial Fiat A 74 RC 38 desenvolvendo 870hp
Performance: velocidade máxima: 504km/h a 4.500m; sobe até 4.000m em 4 minutos e 55 segundos; teto de serviço: 8.900m; alcance: 570km
Pesos: vazio: 1.960kg; máximo na decolagem: 2.395
Dimensões: envergadura: 10,58m; comprimento: 8,25m; altura: 3,05m; área da asa: 16,80m²
Armamento: duas metalhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm localizadas no nariz mais provisão para duas bombas de 150kg

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fiat G.55 Centauro


O Fiat G.55 Centauro era um caça monoplano de asa baixa feito todo de metal e foi projetado por Giuseppe Gabrielli. Este caça representava um grande avanço em comparação ao G.50. Possuía trem de pouso retrátil e seu cockpit dava ao piloto uma excelente visão. Foi um avião muito popular entre os pilotos.

O primeiro dos três protótipos voou em 30 de Abril de 1942. O terceiro protótipo (MM 493) foi o primeiro a levar armamento que consistia de quatro metralhadoras e um canhão montados na fuselagem. Mas até Setembro de 1943 apenas 16 G.55/0 da linha de pré produção e 15 G.55/I da linha de produção inicial haviam sido entregues a Regia Aeronautica. Ao fim da produção, cerca de 274 haviam sido completados.


Antes do armísticio de Setembro de 1943, os G.55 foram utilizados na defesa de Roma com a 353º Squadriglia da Regia Aeronautica. Após o armistício, eles foram utilizados com a Aeronautica Nazionale Repubblicana e posicionados em Venezia Reale. Também serviram com o 2º Gruppo Caccia Terrestre mas as baixas foram grandes devido aos ataques dos Aliados nos campos de pouso.

Enquanto a guerra seguia, a Fiat testou protótipos do G.56 que foi desenvolvido a partir do G.55 mas que utilizava o motor Daimler-Benz DB 603A muito mais forte. Construídos durante a primavera de 1944, eles sofreram poucas mudanças estruturais e tiveram suas metralhadoras montadas na fuselagem retirada.

Especificações do Fiat G.55/I Centauro

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor de 12 cilindros em "v" invertidos Fiat RA 1050 RC-58 Tifone desenvolvendo 1.475hp
Performance: velocidade máxima: 630km/h; sobe até 6.000m em 7 minutos e 12 segundos; teto de serviço: 12.700m; alcance: 1.200km
Pesos: vazio: 2.630kg; máximo na decolagem: 3.718kg
Dimensões: envergadura: 11,85m; comprimento: 9,37m; altura: 3,13m; área da asa: 21,11m²
Armamento: um canhão de 20mm Mauser/MG 151/20 montado próximo ao motor, dois canhões similares montados nas asas, duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm mais provisão para duas bombas de 160kg

Fiat G.50 Freccia


O caça Fiat G.50 Freccia foi projetado entre 1935 e 1936 por Giuseppe Gabrielli em conjunto da Fiat e fez seu primeiro voo em 26 de Fevereiro de 1937. Apesar de quebrar com a tradição dos biplanos, ele oferecia um menor potencial do que aviões contemporâneos como o Hawker Hurricane e o Messerschmitt Bf 109. Foi o primeiro avião monoplano feito totalmente de metal com hélice de velocidade constante e trem de pouso retrátil a ser aceito pela Regia Aeronautica.

Chamado de Freccia (Flecha) ele foi posto em produção na CMASA, uma subsidiária da Fiat e 12 das primeiras aeronaves foram enviadas a Espanha para avaliação operacional. Mesmo com a superioridade do Macchi C.200, foi decidido ir adiante e equipar um stormo e um gruppo com o G.50. Uma ordem inicial de 200 aeronaves foi emitida. Em Novembro de 1939 as aeronaves foram entregues ao 51º Stormo e logo em seguida ao 52º Stormo. Quando a Itália entrou na guerra havia 118 Freccias em serviço.


Em Novembro de 1940, 48 aeronaves do 51º Stormo foram enviados a Bélgica para tomar parte na Batalha da Grâ-Bretanha. Mas viram pouca ação, e foram mais utilizados em missões de vigilância. Um novo modelo, o G.SObis, apareceu com um cockpit reforçado e maior capacidade de levar combustível. Este modelo entrou em produção para um eventual serviço no Norte da África.

Com uma velocidade máxima de 460km/h e um armamento de apenas duas metralhadoras, o G.50 não era páreo para os caças da RAF mas manteve-se em serviço até 1943. Cerca de 245 G.50, 421 G.SObis e 108 modelos de treino com dois assentos, o G.50B, foram produzidos. O G.50 foi também fornecido a Finlândia e a Croácia.

Especificações do Fiat G.50 Freccia

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor radial Fiat A 74R C38 desenvolvendo 840hp
Performance: velocidade máxima: 640km/h a 4.000m de altura; sobe até 4.000m em 4,6 minutos; teto de serviço: 10.750m; alcance: 580km
Pesos: vazio: 1.965kg; máximo na decolagem: 2.400kg
Dimensões: envergadura: 11,00m; comprimento: 7,80m; altura: 3,28m; área da asa: 18,25m²
Armamento: duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm localizadas no nariz

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fiat CR.42 Falco


Sempre comparado no conceito e no projeto com o Gloster Gladiator, avião contra o qual ele lutou muito em 1940 e 1941, o Fiat CR.42 Falco não voou antes de 1939. Baseado no CR.32, o Celestino Rosatelli CR.42 era equipado com um motor radial Fiat A74 R1C 38 de 840hp e atingia uma velocidade máxima de 441km/h. Quando a Itália entrou na guerra, em 1941, a Regia Aeronautica ja possuia 330 aviões deste modelo.

O Falco viu serviço pela primeira vez na invasão da França. Mais tarde, 50 destes aviões do Corpo Aero Italiano voaram até a Bélgica para participaram de ataques ao sul da Inglaterra no fim da batalha da Grã-Bretanha, mas sofreram muito ao fogo das armas dos Hurricanes da Royal Air Force. Apesar do Falcon ser muito útil contra o Gladiator, quando Hawker Hurricanes apareciam, ele se tornava um alvo fácil.

Havia a versão CR.42AS (caça-bombardeiro) que era adaptado para carregar até 100kg de bombas e seguiu em serviço até 1942. Um total de 1.781 CR.42 foram produzidos (alguns serviram na Suécia e na Hungria). Em Setembro de 1943, data do armistício Italiano, apenas 64 CR.42 encontravam-se em serviço.

Especificações do Fiat CR.42 Falco

Tipo: caça de assento único
Motor: um motor radial Fiat A 74 R1 C38 desenvolvendo 840hp
Performance: velocidade máxima: 441km/h a 6.000m de altura; sobe até 6.000m em 9 minutos; teto de serviço: 10.100m; alcance: 780km
Pesos: vazio: 1.784kg; máximo na decolagem: 2.295kg
Dimensões: envergadura: 9,70m; comprimento: 8,26m; altura: 3,05m; área da asa: 22,40m²
Armamento: duas metralhadoras Breda-SAFAT de 12,7mm (alguns modelos tinham duas metralhadoras extras de 12,7mm sob as asas) e provisão para 100kg de bombas