domingo, 30 de novembro de 2008

Eleo 80-ft

Experimento de camuflagem de 1944 em um 80-ft.

Durante a Primeira Guerra Mundial a Companhia Elétrica de Barcos (Electric Boat Company), ELEO, construiu um grande número de pequenos barcos para a Marinha Americana, mas perdeu a continuidade do projeto pelo desinteresse pós-guerra da Marinha Americana. Quando uma competição oficial foi anunciada no fim da década de 30, a ELEO adquiriu a patente de um barco da British Power Boat Company. A ELEO conseguiu não só que a Marinha comprasse o barco mas que também encomendasse 23 deles baseados no projeto original e mais 12 equipados com cargas de profundidade além dos torpedos.

A versão PT começou a entrar em serviço em Novembro de 1940. Eles eram vistos como experimentos, e apesar de satisfatórios, foi recomendado que os próximos barcos tivessem motores Packard e tubos para torpedos de de 533mm. Para que isto fossse possível, o comprimento do barco teve que passar de 21,34 metros para 23,47 metros. Cinco foram construídos para a competição de 1941 e 70-footers foram transferidos para o Reino Unido sob os termos do programa Lend-lease.


Os barcos ELEO se saíram bem, com alta velocidade e boa manobrabilidade, mas eles sofriam de falhas estruturais que necessitaram modificações. Foi recomendado que ele fosse mais comprido, para que tivesse uma melhor navegabilidade em alto mar. Foi especificado um comprimento máximo de 25 metros, a ELEO optou por 24,38 metros. O EUA ja estava em guerra e a ELEO ja havia construído 4 esquadras de barcos modelo 77-footers que ainda carregavam os torpedos de 457mm que a marinha não queria. 358 ELEO 80-footers foram construídos, os três motores Packard os davam uma alta velocidade em relação a seus adversários Higgins.

Especificações do ELEO 80-ft

Peso:
38 toneladas
Dimensões:
comprimento 24,38m; largura 6,32m; calado 1,52m
Motor:
três mototores Packard desenvolvendo 4.050hp
Velocidade:
40 nós
Armamento:
quatro torpedos de 533mm, uma arma de 40mm, um canhão de 20mm e quatro metralhadoras de 12,7mm
Tripulação:
14

sábado, 29 de novembro de 2008

Heinkel He 162 Salamander


Apesar de tudo que a Alemanha podia fazer para apressar o Messerschmitt Me 163 e Me 262, eles só entraram em serviço na metade de 1944, ficou claro que ambas aeronaves pressisavam de um alto conhecimento e habilidade profissional, materiais e experiência de voo além dos recursos do país e deste modo eram inadequados para deter a maré dos ataques aéreos Aliados. Propostas foram estudadas para a produção em massa de um interceptador relativamente simples, leve e propulsado a jato que necessitasse de poucos recursos estratégicos, poucas habilidades de engenharia e pouco treino. Dentro de cinco semanas o projeto de Heinkel Me 162 foi aceito e dezenas de sub-contratos para componentes organizados.


A intenção era produzir 2.000 aeronaves por mês até Maio de 1945. O primeiro protótipo voou no dia 6 de Dezembro de 1944, mas no mês seguinte muitas instabilidades foram reveladas, resultando no ângulo da asa sendo muito rebaixado. A aeronave era um monoplano de asa alta e diedro negativo com o motor a reação montado em cima da fuselagem da aeronave, dois estabilizadores verticais e dois lemes. Em Fevereiro alguns protótipos ja voavam junto dos primeiros exemplares a serem produzidos. A primeira unidade operacional , I/JG 1, foi posta sob o comando do Oberst Herbert Ihlefeld, então Kommodore do Jagdsgeschwader 1. 275 aeronaves foram completadas, mas o avanço dos exércitos Aliados impediu que o caça tivesse uma participação significante na luta aérea durante fim da guerra. Muitos foram capturados pelos Aliados e extensivamente testados após a guerra. O Heinkel He 162 teria provado ser um grande caça em mãos experientes.


Especificações do Heinkel He 162 Salamander


Tipo: caça interceptador de assento único
Motor: um BMW 109-003E turbojato desenvolvendo 800kg de impulso
Performance: velocidade máxima 835km/h a 6.000m de altura; média de subida inicial 1.290m por minuto; teto de serviço 11.000m; alcance máximo 1.000km
Peso: vazio 1.750kg; máximo na decolagem 2.700kg
Dimensões: envergadura 7,20m; comprimento 9,05m; altura 2,55m; área da asa 11,15m²
Armamento: dois canhões MK 108 de 30mm ou dois canhões MG 151 de 20mm localizados no nariz

Lavochkin LaGG-3


Desenvolvido por um departamento dirigido por Semyon Lavochkin que incluía V. Gorbunov e M. Gudkov, o Lavochkin LaGG-3 derivava do LaGG-1, cujo protótipo (o 1-22) voou pela primeira vez em 30 de Março de 1940. Estas aeronaves eram pouco comuns por terem sua estrutura toda de madeira; apenas as superfícies de controles eram de metal. Este excelente caça foi posto em produção em 1940 como LaGG-1, com um motor Klimov M-105 V-12 de 1.050 cavalos de força, mas ja era tarde demais para que operasse durante a Guerra de Inverno (1939-1940).

Um LaGG capturado e utilizado pela Finlândia.

Com uma velocidade máxima de 605km/h e armamentos como uma arma de 20mm e duas de 12,7mm, o LaGG-1 era um dos melhores caças em 1941, mas os pilotos reclamavam da má performance em subidas e dos controles pesados. Uma nova versão, o LaGG-3 foi apresentada com o protótipo 1-301 após muitos LaGG-1 terem sidos entregues. Na época da invasão alemã dois regimentos ainda utilizavam a antiga aeronave, mas em um ano, quatro regimentos ja haviam recebidos seus LaGG-3, sua tarefa era escoltar as aeronaves Ilyushin 11-2. Eles carregavam uma variedade de armas como seis conexões nas asas para foguetes de 8,2cm ou bombas leves.

Os armamentos sob a asa de um Lavochkin LaGG-3 podem ser vistos acima.

O LaGG-3 apresentava uma hélice de velocidade constante, um leme balanceado e era bastante popular em serviço. Provou ser uma aeronave bastante robusta e capaz de aguentar consideráveis danos de batalha. Um caça melhor era urgentemente necessário, e os três projetistas se reuniram, cada um construiu novas versões com o motor M82 radial. Em 1942 o LaGG resfriado á agua foi tirado de produção após 6528 terem sido produzidos.

Especificações do Lavochkin LaGG-3

Tipo: Caça de assento único
Motor: um motor M-105PF V12 de 1240HP
Performance: velocidade máxima 575km/h ha 5.000m metros de altura; média de subida inicial 900m por minuto; teto de serviço 9700m; alcance de 650km
Peso: vazio 2.620kg; máximo na decolagem 3.300kg
Dimensões: envergadura 9,80m; comprimento 8,81m; altura 2,70m; área da asa 17,51m²
Armamento: um canhão ShVAK de 20mm e duas metralhadoras UBS de 12,7mm ou duas metralhadoras ShKAS de 7,62mm, mais provisão para 6 foguetes de 8,2cm ou 4 bombas de 50kg sob a asa

Churchill Crocodile


A primeira especificação para um tanque lança-chamas foi feita no início de 1938, ainda que não existisse um departamento de pesquisa para lidar com fogo. Algumas tentativas desordenadas levaram a um número de modelos experimentais, mas nada definitivo foi alcançado até a criação de um Departamento de Petróleo e Guerra (Petroleum Warfare Department), e então algum trabalho mais definido começou. O PWD concentrou-se num tipo de projetor que utilizava hidrogênio comprimido para propelir o jato de combustível.

O Crocodile (Crocodilo) foi designado para ser utilizado junto do tanque de infantaria Churchill, por este motivo, Churchill Crocodile. Quando ele apareceu pela primeira vez em 1942 uma mudança na política do Gabinete de Guerra disse que não havia mais um requerimento oficial para um tanque lança-chamas, o trabalho apesar disso seguiu em frente. Em Abril de 1943 uma nova mudança nas políticas desejava a volta do Crocodile mais uma vez e em Agosto de 1943 um requerimento de 250 foi posto, estes veículos deveriam equipar as unidades que desembarcariam na Normandia.

A ordem foi emitida apesar do fato de que nenhum teste com as tropas foi realizado. No plano inicial os Crocodiles deveriam ser montados nos tanques Churchill Mk IV, mas a maioria foi instalado nos tanques Mk VII. A parte principal do Crocodile era instalada sobre um reboque de duas rodas puxado pelo tanque Churchill e conectado a ele por uma junta universão pela qual o combustível pressurizado tinha que passar. O prjetor localizava-se na frente do tanque instalado no lugar da metralhadora. A metralhadora de 75mm e a metralhadora da torre eram guardadas para serem utilizadas como em um tanque normal se necessário. O reboque podia ser ejetado quando vazio ou se necessário. O reboque continha combustível e gás comprimido sufuciente para produzir 80 segundos de chamas e o alcance operaional era de 73 metros, apesar de que em condições favoráveis o alcence chegava a 110 metros.

Um tanque Sherman americano equipado com o Crocodile.

O Churchill Crocodile entrou em ação pela primeira vez no Dia-D, 6 de Junho de 1944. Desde então eles forem utilizados em todos os teatros de operações e acabaram se tornando armas muitos efetivas. Havia planos de utilizarem Crocodiles em tanques Sherman dos Estados Unidos, embora que algum trabalho tenha sido feito, apenas 6 foram construídos e apenas 4 entraram em serviço na Europa.

Pela época, 800 Crocodiles haviam sido produzidos. O principal usuário do Exército Britânico era a 79º Divisão de Blindados. Assim que a guerra acabou, a maioria foi retirado de serviço.

domingo, 23 de novembro de 2008

Tokarev TT-33

A primeira pistola automática Tokarev que viu extensivo serviço foi a Tokarev TT-30, mas poucas destas pistolas haviam sido produzidas antes que um projeto modificado conhecido como TT-33 fosse introduzido em 1933. Esta pistola foi então adotada como a pistola padrão do Exército Vermelho para substituir os revólveres Nagant que serviram tão bem durante muitos anos. A pistola TT-33 nunca substituiu totalmente os revólveres Nagant até 1945 porque o revólver provou ser muito confiável e resistente sob as brutas condições de serviço em todos os fronts.

A TT-33 era basicamente uma versão soviética da pistola americana Colt-Browning e tinha o mesmo sistema de operação empregado na pistola M1911. De qualquer forma, os projetistas soviéticos fizeram diversas alterações que fizeram o mecanismo mais fácil de se produzir e mais fácil de se manter sob as condições de campo. O resultado foi uma arma resistente e prática capaz de suportar um extensivo uso.


Em 1945, a TT-33 já havia substituído todos os revólveres Nagant em serviço e a influência Soviética se espalhou pelo Europa e o mundo, assim como a produção da TT-33. Dessa forma, a TT-33 é encontrada em variadas formas similares, como a chinesa Type 51. A Polônia também produzia a TT-33 para seu próprio uso e para exportar para a Alemanha Oriental e a Tchecoslováquia. A Coréia do Norte tem sua própria variante na forma da M68. A maior fabricante da TT-33 é a Hungria, que a redesenhou em diversas formas e a recalibrou para 9mm. O resultado é conhecido como Tikagypt e foi exportada para o Egito, onde ainda é utilizada pela polícia local.

A Tokarev TT-33 hoje já não se encontra mais em uso nas Forças Armadas Soviéticas, que passaram a utilizar a Markarov. Apesar da introdução da Markarov, muitas unidades de segunda linha e milícias dos países do Pacto de Varsóvia ainda utilizavam a TT-33.

Especificações da Tokarev TT-33

Cartucho: 7,62mm
Comprimento: 196mm
Comprimento do cano: 116mm
Peso: 0,830kg
Velocidade: 420 m/s
Pente da arma: 8 projéteis

BA-10


O primeiro carro blindado com seis rodas BA-10 apareceu em 1932. O BA-10 era produzido pela fábrica de automóveis Gorki e era o resultado lógico de uma linha de carros de seis rodas que vinha desde a Primeira Guerra Mundial. O BA-10 era construído sobre o chassi do caminhão comercial de seis rodas AAA, apesar que sua suspensão foi modificada para suportar os pesos envolvidos e suportar alguns reforços no chassi. A estrutra do BA-10 era bastante comum, com o motor sob uma cobertura reforçada na frente e a torre na parte de trás montada sobre os dois eixos traseiros. Havia muitas variações nos tipos de armamentos levados, mas o armamento padrão era ou uma arma de tanque de 37mm ou uma metralhadora pesada DShK de 12,7mm. Outras versões utilizavam metralhadoras de 45mm.

Como outros veículos de combate soviéticos o BA-10 era um pesado e funcional equipamento. Ele tinha muitas características tipicamentes soviéticas como a habilidade de se colocar correntes nas rodas traseiras para auxiliar a tração na neve ou no barro, o estepe era colocado de modo que pudesse girar quando algum obstáculo fosse encontrado, e assim tirar um pouco do peso. Havia quatro tripulantes, um deles era responsável pela metralhadora de 72,6mm montada na frente á direita do motorista.

Outras versões do BA-10 são conhecidas como BA-32 mas havia outra variante chamada BA-10M. Esta versão utilizava a torre do tanque leve T-26B com sua arma de 45mm. Essa não foi a única torre de tanque utilizada, outras torres foram utilizadas como a do tanque leve T-30 e do tanque BT-3. Uma estranha variante do BT-10 que apareceu em 1932 foi o veículo anfíbio BAZ, que utilizava a carcaça do BA-10 junto de um corpo de flutuação derivado de antigos veículos experimentais alemães. Poucos destes foram produzidos.

Quando a Alemanha invadiu a União Soviética em 1941 o BA-10 estava em serviço em grande número com o Exército Vermelho, em torno de 1.200 BA-10. Entre 1941 e 1942 muitos destes veículos ficaram em posse dos alemães. Os alemães o acharam um veículo prestativo, mas não o consideraram moderno para utilizá-los com suas unidades de Panzers, e eles acabaram junto de unidades contra revoltosos na União Soviética e nos Bálcãs. Os alemães conheciam o BA-10 como Panzerspähwagen BAF 203.

Depois de 1942, os soviéticos começaram a deixar de utilizar veículos blindados pesados como o BA-10. Aqueles que ficaram foram transferidos para a função de veículo blindado de transporte pessoal, tendo suas torres e todos seus equipamentos interiores removidos com a exceção do banco do motorista e seus controles.

Especificações do BA-10

Tripulação: 4
Dimensões: comprimento 4,70m; largura 2,09m; altura 2,42m
Motor: um motor GAZ-M-1, 4 cilindros resfriado á agua desenvolvendo 85hp
Performance: velocidade máxima 85km/h; alcance máximo de 320km

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Autoblinda 40 e 41


Os carros blindados Autoblinda 40 e 41 tiveram sua origem no requerimento de um carro de alta performance para uso da polícia colonial italiana nas novas colônias na África. A Cavalaria Italiana também tinha um requerimento de um veículo novo na mesma época e os dois projetos foram então fundidos para produzir um novo veículo. Este novo veículo tinha o motor atrás e a torre (que tinha um metralhadora) na parte da frente. Havia outra metralhadora na parte traseira e o veículo podia ser dirigido pela posição normal, na frente, ou por outra posição na área traseira. Este era o Autoblinda 40, cuja produção iniciou-se na metade de 1940.

Quando a ordem de produção foi emitida, foi especificado que um pequeno número de Autoblindas 40 deveriam ser produzidos com canhões de 20mm ao invés de duas metralhadoras de 8mm na torre. O canhão utilizado era o do tanque leve L 6/40, esta versão com a torre do tanque no lugar da torre convencional ficou conhecido como Autoblinda 41, logo perceberam que esta combinação arma-veículo era muita mais eficaz do que a versão com metralhadoras, portanto, a produção foi focada nos Autoblinda 41. Poucos Autoblinda 40 foram fabricados, e muitos desses foram convertidos em modelo 41.


Para sua época, o Autoblinda 41 tinha um projeto avançado e uma ótima performance que era estragada apenas por um problema de direção constante que nunca foi inteiramente eliminado. O armamento principal era composto por um canhão antiaéreo Breda de 20mm modelo 35 convertido, esta arma era montada coaxialmente com uma metralhadora Breda 8mm modelo 38 resfriada a ar especialmente produzida para o uso em veículos blindados. Outra desta metralhadora encontrava-se na parte traseira. Um em cada quatro veículos tinha a guarnição de uma metralhadora antiaérea montada no topo da torre. Pneus especiais para areia ou estrada podiam ser adaptados, e havia um kit disponível para converter o veículo para uso em linhas férreas. Neste kit estava incluso rodas para linhas férreas, iluminação extra, mecanismos de sinalização e refletores para serem montados na torre. Autoblindas 41 com estes kits eram extensivamente utilizados por patrulhas contra revoltosos nos Bálcãs.


O Autoblinda 40 e 41 eram muito utilizados por unidades de reconhecimentos do exército italiano na Tunísia e no deserto ocidental. No final de Setembro de 1942, havia 298 Autoblindas 41 em uso, a maioria era utilizada pela polícia colonial. Mais tarde, algum trabalho de desenvolvimento foi feito no projeto básico do veículo, que resultou no uso de uma arma de 47mm na torre, enquanto que uma variante alemã que era uma versão aberta, tinha uma arma de tanque de 50mm mas nenhum destes veículos foi posto em produção. Havia também uma variante aberta que foi produzida em pequena escala como veículo de comando ou como posto de observação móvel para unidades de artilharia.

Especificações do Autoblinda 41

Tripulação: 4
Peso: 7,5 toneladas (em ação)
Dimensões: comprimento 5,20m; largura 1,92m; altura 2,48m
Motor: um motor SAP Abm 1; 6 cilindros; resfriado a água; 80hp
Performance: velocidade máxima na estrada 78km/h; velocidade máxima fora da estrada 38km/h; alcance máximo em estrada 400km