quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Volkssturmgewehr 1-5


Desenvolvido por Karl Barnitzke para o Primitiv-Waffen-Programm, o Volkssturmgewehr 1-5 ou VG 1-5 foi desenvolvido como uma arma barata e de fácil e rápida produção que deveria equipar os soldados da Volkssturm. Utilizava o mesmo cartucho e pente do rifle StG 44 e tinha um sistema de gás baseado no sistema Barnitzke. Algumas VG 1-5 foram produzidas com seleção de fogo. Cerca de 10.000 unidades foram produzidas entre Janeiro de 1945 e o fim da guerra.

Volkssturmbataillon equipado com a VG 1-5.

Especificações do Volkssturmgewehr 1-5

Calibre: 7,92
Comprimento: 960mm
Comprimento do cano: 380mm
Peso: 4,27kg
Velocidade inicial do projétil: 685m/s
Pente: 30 cartuchos

sábado, 24 de outubro de 2009

Sikorsky R-4

Desenvolvido por Igor Sikorsky, o Sikorsky R-4 era um helicóptero para dois tripulantes com um rotor de três pás e um motor radial. Foi o primeiro helicóptero do mundo a ser produzido em larga escala e o primeiro a servir com as forças aéreas e navais Americanas e também com as forças navais e aéreas da Inglaterra.

O VS-316 foi desenvolvido a partir do VS-300, que foi desenvolvido por Igor Sikorsky e demonstrado publicamente em 1940. O VS-316 foi chamado pela Força Aérea Americana de XR-4, realizou seu primeiro voo em 13 de Janeiro de 1942 e foi aceito pelo exército em 30 de Maio de 1942. O XR-4 superou todos os outros helicópteros em todos os recordes até então estabelecidos. O XR-4 completou um voo de 1.225km com uma altura de 3.700 metros com uma velocidade média de 140km/h e 100 horas de voo sem um incidente.

Em 5 de Janeiro de 1943, 29 protótipos foram encomendados pelo governo. Os três primeiros, designados de YR-4A, foram utilizados em testes. Os testes demonstraram que o helicóptero precisava de aprimoramentos. Estas mudanças levaram ao modelo YR-4B que era utilizado para treinos. Foi utlizado pela primeira vez em combate nos dias 22 e 23 de Abril de 1944 em missões de resgates na China, Myanmar e Índia. Foi também utilizado para trasnaportar peças de aviões no Oceano Pacífico. Na RAF ele era conhecido como Hoverfly.

Sikorsky e Orville Wright.

Especificações do Sikorsky R-4B

Tripulação: 1
Dimensões: comprimento: 10,2m; altura: 3,8m; comprimento do rotor: 11,5m
Pesos: vazio: 952kg; máximo: 1.170kg
Motor: um Warner R-550 desenvolvendo 200hp
Performance: velocidade máxima: 120km/h; velocidade de cruzeiro: 105km/h; teto operacional: 2.400m

PPSh-41


A PPSh-41 era para o Exército Vermelho o mesmo que a Sten era para os Ingleses ou a MP 40 para os Alemães. Era a equivalente soviética na produção em massa de submetralhadoras, utilizando simples métodos e simples sistemas de operação. A PPSh-41 foi projetada em 1940 mas só em 1942 que ela começou a ser fornecida aos soldados soviéticos em grandes quantidades. Por ter sido projetada baseada na produção rápida e fácil, ela era entregue aos milhares vinda desde indústrias até oficinas em áreas rurais. Em 1945 cerca de cinco milhões de unidades haviam sido produzidas.

Apesar de ser uma arma de linha de produção em massa ela era bem feita. O corpo era feito de madeira sólida e tinha uma ótima razão de fogo. Folhas de metal também eram empregadas na sua produção. O tambor da metralhadora era o mesmo utilizado em metralhadoras soviéticas antigas. O fogo, automático ou tiro único, era facilmente selecionado por uma alavanca próxima do gatilho.


A PPSh tinha de ser uma arma forte e resistente, pois assim que o Exército Vermelho já havia recebido um número considerável, ele adotou a arma de um modo que nenhum outro exército poderia nem ao menos considerar. A PPSh era entregue a batalhões e regimentos inteiros com a exclusão de qualquer outro tipo de arma além de granadas de mão. Essas unidades formavam a vanguarda das unidades de assalto que eram carregadas pelos tanques T-34, dos quais eles só desciam para atacar, comer e descansar. Eles carregavam apenas a munição suficiente, suas condições de vida eram baixas e sua expectativa de vida em combate eram bastante curtas. Mesmo assim, esses milhares de soldados cruzaram a Europa e suas PPSh-41 tornaram-se um símbolo de combate no Exército Vermelho.

Sob estas circunstâncias a PPSh (conhecida por seus operadores como Pah-Pah-Shah) quase não recebia manutenção ou até mesmo limpeza. O melhor modo de manter a arma funcionando era manter ela seca para não emperrar ou congelar.


Tantes PPSh foram produzidas que era bastante utilizada até pelos Alemães que recalibravam algumas capturadas para 9mm. Partisans descobriram que a arma era ótima para seus propósitos e após a Segunda Guerra a PPSh tornou-se bastante comum nos países de influência soviética.

Especificações da PPSh-41

Calibre: 7,62
Comprimento: 828mm
Comprimento do cano: 265mm
Peso: 5,4kg
Pente: tambor de 35 ou 71 cartuchos
Velocidade inicial do projétil: 488m/s

domingo, 18 de outubro de 2009

Pistole P 08 (Luger)


A pistola que hoje em dia é conhecida como Luger teve suas origens em um projeto de Hugo Borchardt de 1893. Mais tarde George Luger desenvolveu e produziu a arma que leva o seu nome até hoje. As primeiras Luger eram fabricadas com calibre 7,65mm e foram adotadas pelo Exército Suiço. O seu projeto foi adotado por inúmeras nações e cerca de dois milhões de unidades foram produzidas por diversos fabricantes em pelo menos 35 versões.

A Pistole P 08 era uma dessas variações. Foi adotada pelo Exército Alemão em 1908 e continuou sendo a principal pistola até a Walther P38 ser introduzida em 1938. O principal calibre encontrado na P 08 era 9mm mas muitas versões de 7,65mm foram produzidas. A P 08 é provavelmente uma das clássicas armas da segunda guerra.


Era facilmente manuseada, fácil de mirar e normalmente muito bem fabricada. Ela devia ser bem feita pois tinha um complexo sistema de ação que era sensível contra poeira e sujeira. Mas mesmo assim ela provou ser uma pistola robusta e resistente. Ela só foi substituída nas linhas de produção por que a demanda por pistolas era alta e sua fabricação era lenta. Foi em 1942 que apareceram as últimas a serem fabricadas.

A Luger mais comum, P 08, tinha um cano de 103mm de comprimento e outro modelo mais antigo como a P 17 Artillerie tinha um cano de 203mm e havia um pente para 32 cartuchos que já não encontravam-se mais em serviço entre 1939 e 1945. Essas pistolas estavam entre os troféus mais procurados da segunda guerra e muitas ainda sobrevivem em coleções.

Especificações da Pistole P 08 (Luger)

Cartucho: Parabellum 9mm
Comprimento: 222mm
Comprimento do cano: 103mm
Peso: 0,877kg
Velocidade inicial do projétil: 381m/s
Pente: 8 cartuchos

sábado, 17 de outubro de 2009

Maschinengewehr 34


Os termos do Tradado de Versalhes proibiam o desenvolvimento de metralhadoras na Alemanha mas com a Rheinmetall-Borsig operando escondida na fronteira com a Suiça na década de 20, este termo foi passado para trás. Projetos seguintes resultaram em uma metralhadora refrigerada por ar que virou a Solothurn Modell 1930, uma metralhadora de projeto avançado que teve muitas de suas características implantadas nas armas seguintes. Poucas foram produzidas e os Alemães necessitavam de uma arma melhor, o que resultou na MG 15 que foi produzida para a Luftwaffe.

Dos projetos da Rheinmetall veio o que é considerada uma das melhores metralhadoras já produzidas, a Maschinengewehr 34 ou MG 34. Projetistas da Mauser utilizaram a Modell 29 e a MG 15 como pontos de início para toda uma nova série de metralhadoras. Este novo tipo de metralhadora podia ser carregada pela infantaria e montada sobre um bipé ou um tripé. O cano da arma era facilmente resfriado e sua alimentação era de dois tipos: por tambor, ou por fita. Além de uma ótima razão de fogo a MG 34 podia ser utilizada contra aviões em voo baixo.

Afrika Korps e a MG 34.

A MG 34 foi um sucesso imediato e foi direto as linhas de produção e para todas as organizações armadas da Alemanha, inclusive para a polícia. A demanda pela MG 34 continuou alta até 1945. Havia diversos dispositivos para a arma, desde um bipé até complexas instalações em tanques. Havia até um periscópio que permitia ao operador dispará-la de trincheiras sem expor-se. A produção desta arma não era ajudada pelo fato de que ela era muito boa para uso militar. Eram utilizados complexos métodos e complexas máquinas na produção da MG 34 que além de caros eram demorados.

Especificações da MG 34

Calibre: 7,92mm
Comprimento: 1.219mm
Comprimento do cano: 627mm
Peso: 11,5kg
Velocidade inicial do projétil: 755m/s
Razão de fogo: entre 800tpm e 900tpm
Alimentação: 50 cartuchos por fita ou 75 cartuchos por tambor

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Liberator M1942


Essa estranha pistola teve suas origens no comitê de psicologia do Exército Americano que vendeu ao Escritório de Serviços Estratégicos a idéia de uma arma simples que pudesse ser utilizada por qualquer pessoa localizada em território ocupado, sem treinamento ou familiariade com armas, para missões de assassinatos. A idéia foi aceita e projetos foram realizados. A Guide Lamp Division da General Motors recebeu a missão de produzir a pistola. Entre Junho e Agosto de 1942 cerca de um milhão dessas pistolas ja haviam sido entregues. Era uma pistola extremamente simples que podia disparar apenas um cartucho. Era construída basicamente de estampas de metal.

Cada pistola era colocada em uma sacola com mais dez cartuchos e um pequeno manual de instruções com apenas desenhos, o suficiente para qualquer um utilizar. Apesar de ter espaço para cinco cartuchos ela era realmente uma arma de tiro único, pois não ejetava o cartucho e o municiamento era difícil. O disparo deveria ser realizado da menor distância possível para uma melhor eficiência. Se foi uma arma boa ou ruim é difícil de dizer, pois não existem registros de quantas foram utilizadas e onde foram distribuídas. Sabe-se que muitas foram largadas de paraquedas sobre a Europa e muitas foram utilizadas na China. Cada uma destas pistolas custava ao governo Americano apenas $2,40.

Especificações da Liberator M1942

Calibre: .45 M1911
Comprimento: 140mm
Comprimento do cano: 102mm
Peso: 0,454kg
Velovidade inicial do projétil: 336m/s
Pente: nenhum, mas espaço para 5 cartuchos

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Automaticky Pistole vz.38 (CZ 38)


Pela época em que as forças alemãs marcharam sobre a Thecoslováquia, a nação Tcheca tinha uma indústria armamentista das mais inovadoras da Europa. Pistolas eram um dos armamentos produzidos, principalmente na Ceska Zbrojovka em Praga, e delas vieram toda uma linha de excelentes pistolas que incluíam a vz.22, 24, 27 e 30. Todas essas pistolas disparavam cartuchos 9mm e muitas de suas características eram parecidas com pistolas Walther do período. Mas em 1938 apareceu uma pistola que tinha relação com nada produzido até então.

A nova pistola CZ 38 era uma grande arma automática com um simples sistema de recuo que disparava cartuchos de 9mm, mas diferente de todas as outras pistolas, podia acomodar outros tipos de cartuchos mais fortes. O cão da arma não podia ser inclinado com a mão, como na maioria das pistolas da época, somente o gatilho podia inclinar e soltar o cão. Isto requeria uma maior força na hora de puxar o gatilho e mirá-la com maior precisão era difícil. A arma, por ser facilmente desmontável, podia ser facilmente limpa.

Poucas destas pistolas foram produzidas para o Exército Tcheco até a entrada dos Alemães, mas ela continuou em produção por mais algum tempo. Era conhecido pelos alemães como Pistole P 39(t) e a maioria serviu com forças policiais e unidades de segunda linha. Poucas sobreviveram após 1945. É um dos poucos projetos de pistolas que não contribuiu em novos projetos.

Especificações da CZ 38

Cartucho: 9mm
Comprimento: 198mm
Comprimento do cano: 119mm
Peso: 0,909kg
Velocidade inicial do projétil: 296m/s
Pente: 8 cartuchos

sábado, 3 de outubro de 2009

Heinkel He 115


Usado extensivamente pelos pilotos da Kriegsmarine durante a guerra, o bimotor Heinkel He 115 foi desenvolvido em competição com o Blohm & Voss Ha 140. Seu primeiro voo ocorreu em 1936 e dois anos depois ja havia estabelecido oito recordes de velocidade na sua classe de avião. A versão He 115A-1 entrou para a Luftwaffe em 1938. A versão seguinte He 115A-2 foi também importada para a Noruega e Suécia.

Em 1939, cerca de sessenta He 1 ISA e He 115B serviam com a Kustenfliegergruppen. Além de missões de reconhecimento sobre o Mar Báltico durante a campanha na Polônia, também foram responsáveis por colocar minas navais próximo a costa das Ilhas Britânicas. A primeira missão deste tipo foi efetuada por três He 115 nos dias 20 e 21 de Novembro de 1939. Essas atividades continuaram por dois anos. As unidades responsáveis por estas missões perderam 33 aeronaves, a maioria durante a Batalha da Grã-Bretanha sob fogo das armas antiaéreas inglesas.


Antes do fim da Batalha da Grã-Bretanha o modelo He 115C ja estava em serviço com mais armamento para a sua defesa. O He 115C-2 tinha flutuadores mais fortes que o possibilitavam operar na neve e no gelo. O He 115C-3 e He 115C-4 eram especialistas em colocação de minas e em ataques com torpedos. Em 1941, com a campanha na União Soviética, a produção deste avião foi parada para favorecer outras aeronaves. Em 1943, com a volta de sua produção, 141 He 115E foram entregues para a Luftwaffe. Alguns eram equipados com canhões de 20mm sob o nariz.

No fim da campanha na Noruega, dois He 115A e um He 115B fugiram para aInglaterra e foram testados pela RAF antes de serem utilizados em missões entre o Reino Unido e a Noruega e no Mediterrâneo. A produção chegou a 500 exemplares.

Especificações do Heinkel 115C-1

Tipo: hidroavião de três assentos, torpedeiro, para reconhecimento e colocação de minas navais
Motor: dois motores radiais BME 132K de 960hp
Performance: velocidade máxima: 300km/h a 1.000 metros de altura; sobe até 1.000 metros em 6 minutos; alcance: 2800km
Pesos: vazio: 6.870kg; máximo na decolagem: 10.680kg
Dimensões: envergadura: 22,28m; comprimento: 17,3m; altura: 6,59m; área da asa: 86,7m²
Armamento: uma metralhadora de 7,92mm e um canhão de 15mm no nariz, uma metralhadora de 7,92mm fixadas nas naceles de cada motor e viradas para trás, uma metralhadora no cockpit traseiro, provisão para 1.250kg de bombas, minas ou um torpedo de 500kg