quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Faca Fairbairn-Sykes


Desenvolvida por William Ewart Fairbarn e Eric Anthony Sykes em Shanghai, antes da Segunda Guerra Mundial, a faca de combate Fairbairn-Sykes ficou famosa durante a guerra ao ser utilizada por comandos britânicos. As primeiras foram produzidas em 1941 na fábrica Wilkinson Sword Ltd. após Fairbairn e Sykes retornarem de um campo de treinamento em Novembro de 1940 para discutirem sobre sua idéia de uma nova faca.

A F-S foi desenvolvida exclusivamente para ataques surpresas e lutas, com uma lâmina que pode facilmente penetrar as costelas. A faca de Shangai, da qual ela foi baseada, tinha 13,97 centímetros enquanto que as primeiras F-S tinham 16,5 centímetros. As outras produzidas eram um pouco mais longas (cerca de 17,78 centímetros). Como ela foi produzida em diversos modelos ela pode ser encontrada sob o nome de England, William Rodgers Sheffield England ou Broad Arrow. O comprimento da faca era escolhido para dar diversos centímetros de lâmina para penetrar no corpo já descontando os centímetros dos uniformes utilizados.


Por causa do sucesso da faca na Segunda Guerra, Guerra da Coréia e Vietnã, ela foi copiada pelo E.U.A. e o resultado foi a Gerber Mark II, uma faca que ficou famosa entre os marines americanos. O Office of Strategic Resources (Escritório de Recursos Estratégicos) dos Estados Unidos criou uma faca baseada na F-S com materiais inferiores e mais adiante os marines foram mal treinados no uso dessa faca. A versão do OSS chegou a 20.000 exemplares enquanto que o número da F-S chega a dois milhões de facas produzidas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Lahti-Saloranta M/26


A metralhadora leve projetada por Aimo Lahti e Arvo Saloranta em 1926 serviu com o Exército Finlandês após ter sido vencedora em uma competição em 1925. Tinha seleção de fogo entre automático e semi-automático. Pentes de 20 cartuchos e tambores de 70 cartuchos foram produzidos para a arma mas a Finlândia preferiu sempre o pente de 20 cartuchos.

Lahti-Saloranta M/26 sendo utilizada por um soldado finlandês e uma Suomi KP/-31.

A produção da Salorante M/26 começou em 1925 e durou até 1942. Durante esse tempo cerca de 5.000 foram produzidas. A China fez um pedido de 30.000 M/26 em 1937 mas apenas 1.200 dessas armas foram entregues devido a pressão diplomática japonesa.

Durante a Guerra de Inverno existia dois esqudrões em cada batalhão que forneciam cobertura para dois esquadrões de dez homens cada e armados com rifles. Em cada esquadrão havia um metralhador com a M/26, um assistente e o resto armado com rifles.


No campo de batalha a Salorante era uma arma de difícil limpeza devido ás suas 188 peças e ruim por ter poucos cartuchos no pente. Os finlandeses normalmente preferiam as metralhadoras soviéticas Degtyarev, que eram capturadas aos montes. Outros finlandeses preferiam utilizar da precisão da M/26 e adptada ao inverno ela tornava-se melhor que a Degtyarev. Cerca de 9.000 Degtyarev foram capturadas e utilizadas pela Finlândia e o total de M/26 produzidas chegou a 6.200.

Especificações da Lahti-Saloranta M/26

Peso: 9,3kg
Comprimento: 1.109mm
Comprimento do cano: 500mm
Cartucho: 7,62x53mmR
Razão de fogo: 450-550 tiros por minuto
Velocidade inicial do projétil: 800m/s
Alcance efetivo: 400 metros
Alimentação: pente de 20 cartuchos ou tambor de 75 cartuchos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Suomi KP/-31


A submetralhadora Suomi-konepistooli era uma arma de projeto finlandês que serviu durante a Segunda Guerra e descendia da M-22 e da KP/-26. A Suomi KP é uma das armas bem sucedidas da Segunda Guerra e muitas das suas características foram copiadas como é possível perceber nas submetralhadoras soviéticas PPD-40 e PPSh-41. Comparada com a PPSh-41 a Suomi KP era superior mas seu alto custo de produção era o seu problema.

A Suomi KP entrou em produção em 1931 e a Força de Defesa Finlandesa tinha cerca de 4.000 Suomi KP quando a Guerra de Inverno começou. Durante a guerra um freio de boca foi adicionado na arma deixando-a mais longa. Essa versão ficou conhecida como Suomi KP/-31 SJR. Inicialmente a Suomi KP foi concebida para substituir uma metralhadora leve mas se mostrou inadequada para esse tipo de serviço. Os soldados aprenderam a partir de tentativas e erros como usar a Suomi KP do melhor jeito possível.

Na Guerra de Continuação as doutrinas militares finlandesas já haviam sido alteradas para incluir uma Suomi KP e uma metralhadora leve em cada esquadrão de infantaria. Em 1943 a quantidade de Suomi KP por cada esquadrão foi expandida para duas. A produção da Suomi KP continuou para que três delas fossem adicionadas em cada batalhão mas esse plano foi abandonado com o fim da Guerra de Continuação.

Uma versão especial para bunkers foi produzida (cerca de 500) em 1941. A Suomi KP era também produzida pela Suécia, Dinamarca e Suíça, onde é conhecida como Hispano-Suiza. Cerca de 3.042 foram adquiridas pela Alemanha e utilizadas pela Wehrmacht e pela SS. Os Soviéticos utilizaram algumas que foram capturadas e as adaptaram para utilizar o cartucho Tokarev 7,62x25mm. O número de Suomi KP/-31 produzidas chegou a 80.000.

Especificações da Suomi KP/-31

Peso: 4,6kg
Comprimento: 870mm; SJR: 925mm; versão para bunkers: 740mm
Comprimento do cano: 314mm
Cartucho: 9x19 Parabellum
Razão de fogo: 750-900 tiros por minuto
Velocidade inicial do projétil: 396m/s
Alcance máximo: 200 metros
Alimentação: pente de 20, 36, 40, 50 cartuchos ou tambor de 71 cartuchos